sábado, 22 de novembro de 2014

Feira traz práticas desenvolvidas nos laboratórios

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Experimentos científicos que apresentam solução para práticas do cotidiano, desenvolvidos nas escolas, agora estão em exposição para toda a população na I Feira de Ciência na Escola (FCE), realizada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em parceria com a Unemat e UFMT. A Mostra iniciada ontem , segunda-feira (17.11), vai  o dia 19,  no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. Ao todo, 65 experimentos elaborados por estudantes das escolas estaduais estão em exposição. Trabalhos como o do estudante Luis Henrique de Carvalho, da Escola Estadual José Alves Bezerra, de Porto dos Gaúchos, que apresenta a proposta de sustentabilidade no campo. Com o título “ Compostagem Planejamento Ideal”, Carvalho apresenta técnicas de recuperação do solo que podem trazer avanços na produção agrícola.

A pesquisa de Carvalho mostra que por meio da compostagem pode se reparar o solo deficiente em minerais tornando-o ideal para a plantação.  Mais do que adubá-lo, o experimento apresenta compostagens específicas para cada tipo de carência orgânica. A base do trabalho são alimentos descartados no lixo.“Com estudo do solo posso verificar qual nutriente está em falta para o cultivo de determinada planta. Escolho as matérias adequadas para a compostagem e adequo a necessidade do solo. O que iria para o lixo vem em retorno para o meio ambiente”, diz.

Um “Robô espião” é outra das criações expostas na Feira. O equipamento tem como finalidade o uso em operações táticas. Criado pelos estudantes da Escola Estadual Alexandre Quirino de Souza, Porto Alegre do Norte, o robô tem a finalidade de garantir a segurança de operações investigativas. Eles explicam a utilização do experimento.  “Quando um bombeiro, por exemplo, está em atuação ele pode acionar o robô (um carrinho parecido com de controle remoto) que vistoria o local antes da invasão”, relata Willyan Arruda. Preparado para ser utilizado em locais escuros e com transmissão em tempo real, o projeto é sustentável e as pilhas carregadas com energia solar.

Experiências como essas vem tornando o ambiente escolar mais atrativos segundo a professora Fernanda Peres, da Escola Estadual Nilza de Oliveira Pipino, em Sinop. Um destas práticas “A cidade célula” foi apresentada pela professora e aluna responsável. Com a proposta de tornar o conhecimento em biologia mais interessante, os alunos projetaram o estudo de uma célula baseado no funcionamento da cidade montando uma maquete. A prefeitura representa o núcleo da célula; o ribossomo que produz a proteína é representado pelo açougue. Para professora, a proposta modifica a prática de decorar nomes e torna o aprendizado divertido, interessante.  “Com a técnica da pesquisa os alunos começam a ter o senso crítico. A mudança pudemos ver nas próprias salas de aula. As faltas diminuíram, eles cobram mais conteúdo do professor. Enfim, querem aulas diferenciadas. Eles realmente aprendem executando”, afirma a professora.

Para o técnico da Seduc, Kilwangy Kya Kapitango-a-Samba,  coordenador do evento, os trabalhos estão em níveis surpreendentes. Ele reforça que por meio da pesquisa o aluno sai do sistema de acomodação, do quadro, giz, livro e aluno sentado e passa a construir seu conhecimento. “A pesquisa é um processo muito importante, o aluno sai do sistema físico, só de ouvir e vai para o sistema aberto, o de aprendizagem. É neste contexto que a Feira vem, para impulsionar a pesquisa na escola pois já está evidenciado que com a pesquisa o aluno aprende muito mais”, conclui Kapitango.
Lembrando que dos trabalhos apresentados na FCE,  doze deles receberão bolsas de iniciação científica  pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.
Fotos: Secom
ALINE MARQUES
Assessoria/Seduc-MT
Fonte: Disponível em: <http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Feira-revela-experimentos-desenvolvidos-nos-labora.aspx>. publicado em: 18/11/2014

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