Experimentos
científicos que apresentam solução para práticas do cotidiano,
desenvolvidos nas escolas, agora estão em exposição para toda a
população na I Feira de Ciência na Escola (FCE), realizada pela
Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em parceria com a Unemat e
UFMT. A Mostra iniciada ontem , segunda-feira (17.11), vai o dia 19,
no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. Ao todo, 65 experimentos
elaborados por estudantes das escolas estaduais estão em exposição.
Trabalhos como o do estudante Luis Henrique de Carvalho, da Escola
Estadual José Alves Bezerra, de Porto dos Gaúchos, que apresenta a
proposta de sustentabilidade no campo. Com o título “ Compostagem
Planejamento Ideal”, Carvalho apresenta técnicas de recuperação do solo
que podem trazer avanços na produção agrícola.
A
pesquisa de Carvalho mostra que por meio da compostagem pode se reparar
o solo deficiente em minerais tornando-o ideal para a plantação. Mais
do que adubá-lo, o experimento apresenta compostagens específicas para
cada tipo de carência orgânica. A base do trabalho são alimentos
descartados no lixo.“Com estudo do solo posso verificar qual nutriente
está em falta para o cultivo de determinada planta. Escolho as matérias
adequadas para a compostagem e adequo a necessidade do solo. O que iria
para o lixo vem em retorno para o meio ambiente”, diz.
Um
“Robô espião” é outra das criações expostas na Feira. O equipamento tem
como finalidade o uso em operações táticas. Criado pelos estudantes da
Escola Estadual Alexandre Quirino de Souza, Porto Alegre do Norte, o
robô tem a finalidade de garantir a segurança de operações
investigativas. Eles explicam a utilização do experimento. “Quando um
bombeiro, por exemplo, está em atuação ele pode acionar o robô (um
carrinho parecido com de controle remoto) que vistoria o local antes da
invasão”, relata Willyan Arruda. Preparado para ser utilizado em locais
escuros e com transmissão em tempo real, o projeto é sustentável e as
pilhas carregadas com energia solar.
Experiências
como essas vem tornando o ambiente escolar mais atrativos segundo a
professora Fernanda Peres, da Escola Estadual Nilza de Oliveira Pipino,
em Sinop. Um destas práticas “A cidade célula” foi apresentada pela
professora e aluna responsável. Com a proposta de tornar o conhecimento
em biologia mais interessante, os alunos projetaram o estudo de uma
célula baseado no funcionamento da cidade montando uma maquete. A
prefeitura representa o núcleo da célula; o ribossomo que produz a
proteína é representado pelo açougue. Para professora, a proposta
modifica a prática de decorar nomes e torna o aprendizado divertido,
interessante. “Com a técnica da pesquisa os alunos começam a ter o
senso crítico. A mudança pudemos ver nas próprias salas de aula. As
faltas diminuíram, eles cobram mais conteúdo do professor. Enfim, querem
aulas diferenciadas. Eles realmente aprendem executando”, afirma a
professora.
Para o técnico da Seduc, Kilwangy
Kya Kapitango-a-Samba, coordenador do evento, os trabalhos estão em
níveis surpreendentes. Ele reforça que por meio da pesquisa o aluno sai
do sistema de acomodação, do quadro, giz, livro e aluno sentado e passa a
construir seu conhecimento. “A pesquisa é um processo muito importante,
o aluno sai do sistema físico, só de ouvir e vai para o sistema aberto,
o de aprendizagem. É neste contexto que a Feira vem, para impulsionar a
pesquisa na escola pois já está evidenciado que com a pesquisa o aluno
aprende muito mais”, conclui Kapitango.
Lembrando que dos
trabalhos apresentados na FCE, doze deles receberão bolsas de iniciação
científica pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico – CNPq.
Fotos: Secom
ALINE MARQUES
Assessoria/Seduc-MT
Fonte: Disponível em: <http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Feira-revela-experimentos-desenvolvidos-nos-labora.aspx>. publicado em: 18/11/2014
Fonte: Disponível em: <http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Feira-revela-experimentos-desenvolvidos-nos-labora.aspx>. publicado em: 18/11/2014
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